quarta-feira, 11 de maio de 2011

" Ela "

Nela, dormi

Não senti frio

Era quente

Acolhedor

E não senti fome

Que bom lugar para se ficar

Tive que sair

Sob a luz de um clarão

Chorei, chorei muito

Ouvi vozes

Não estava mais tão quente

Nem era mais tão acolhedor

Mas senti que era a hora

A hora de morar em outro lugar

Maior, diferente, cheio de coisas novas

Continuei a não sentir fome

E o frio passou de outra forma

Escutei sons que não entendia

Certo estava de que eram bonitos

E que serviriam para o meu bem

Sentia-me feliz

E todas as vezes que chorava

Aquele alguém que me guardou por longo tempo

Enxugava os meus olhos

E tudo ficava mais claro

Um claro parecido com o primeiro clarão

Depois, fiquei sabendo que quem me acolheu

E não me deixou sentir fome e frio

Além de me dar algo que chamam de amor

Tem um nome

Curto, bonito e forte

MÃE.

Paulo Ruch


Nunca é tarde para homenageá-las, afinal todo dia

é dia das Mães!

Que Deus abençõe a minha, eternamente!!!

Beijo, boa quarta-feira!

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